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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Religiões asiáticas

ISLAMISMO
Religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé (chamado O Profeta), contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos - muslim, em árabe, aquele que se subordina a Deus. Fundado na região da atual Arábia Saudita, o islamismo é a segunda maior religião do mundo. Perde apenas para o cristianismo em número de adeptos. Seus fiéis se concentram, sobretudo, no norte da África e na Ásia.
O nome Maomé (570-632) é uma alteração hispânica de Muhammad, que significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores. Começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na época, as religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, é obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano.
Em Medina, ele é reconhecido como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal, vence a oposição judaica e estabelece a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam Meca, sede da Caaba, a pedra sagrada de 15 m de altura que é mantida coberta por um tecido negro, já então um centro de peregrinação. Maomé morre no ano 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado árabe que começa a se organizar politicamente.
O Alcorão (do árabe al-qur'ãn, leitura) é a coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo, além de antigas tradições religiosas árabes. O Alcorão inclui muitas das histórias do Antigo Testamento judaico e cristão, como a de Adão e Eva. Depois de desobedecer a Deus, Adão viajou e construiu a primeira Caaba. Após o dilúvio, Abraão, considerado o primeiro muçulmano, a reconstruiu. Do Novo Testamento, o Alcorão registra passagens da vida de Jesus Cristo, reverenciado pelos muçulmanos como um profeta que em sua religião só é sobrepujado em importância pelo próprio Maomé. Os muçulmanos acreditam na vida após a morte, na vinda do anti-Cristo e na volta de Jesus Cristo para vencê-lo, no Juízo Final e na ressurreição final de todos os mortos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta).
A vida religiosa do muçulmano tem práticas definidas pela Sharia, o caminho que o muçulmano deve seguir na vida. A Sharia define normas de conduta, comportamento e alimentação, além dos chamados pilares da religião. O primeiro pilar é a shahada ou profissão de fé: Não há outro Deus a não ser Alá, e Maomé é seu profeta. Esse testemunho é a chave da entrada do fiel para o Islamismo. O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (slãts), durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Às sextas-feiras realiza-se um sermão de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada zakat. Único tributo permanente ditado pelo Alcorão, é pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. É empregado no auxílio aos pobres e no resgate de muçulmanos presos em guerras. O quarto pilar consiste em cumprir o jejum completo nos dias do mês do Ramadã. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano que tenha condições físicas e econômicas para realizá-la.
A esses cinco pilares, a seita khawarij adicionou o jihad. Traduzido comumente como Guerra Santa, significa a batalha para reformar o mundo, um dos objetivos do Islamismo. É permitido o uso dos exércitos nacionais como meio de difundir os princípios do islã. Segundo a doutrina muçulmana, as guerras, porém, não podem visar à expansão territorial nem a conversão forçada de pessoas. Por isso, o jihad não é aceito por toda a comunidade islâmica.
Durante todo o nono mês lunar de cada ano, guarda-se o Ramadã, e, do amanhecer ao pôr-do-sol, o muçulmano celebra a revelação do Alcorão a Maomé e comemora sua primeira vitória militar contra Meca. Enquanto é dia, os fiéis não podem comer, beber, fumar ou manter relações sexuais, embora trabalhem normalmente. Mas as restrições não são mantidas durante as noites, e as ruas se enchem de pessoas que comemoram alegremente a revelação feita a seu profeta. A celebração do Eid el Adha lembra a disposição de Abraão em sacrificar a Alá seu próprio filho, Ismael (na tradição judaico-cristã o filho seria Isaque). Na época de Eid el Adha também acontece a peregrinação a Meca. O Ano-Novo islâmico é comemorado no Dia de Hégira, o 1º do mês Muharram. O marco é o ano de 622, quando Maomé deixa Meca. Os lugares mais sagrados do Islamismo são Meca, cidade onde fica a Caaba, Medina, lugar onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo), e Jerusalém, cidade onde o profeta ascendeu aos céus durante uma viagem noturna em que foi ao paraíso e se encontrou com Moisés e Jesus Cristo.

JUDAÍSMO:

É reconhecida como a primeira religião monoteísta da humanidade e cronologicamente a primeira das três religiões oriundas de Abrãao, junto com o cristianismo e o islamismo.
O judaísmo acredita em um Deus único, onipotente e onisciente, que criou o mundo e os homens. Esse Deus fez um pacto com os hebreus, tornando-os o seu povo escolhido, e prometeu-lhes uma terra chamada Canaã.
O judaísmo possui fortes características étnicas, nas quais nação e religião se mesclam.
História dos judeus: Segundo a Bíblia, Abraão recebe uma revelação de Deus, abandona o politeísmo e muda-se para Canaã, atual Palestina, em torno de 1800 a.C. De Abraão descendem Isaque e o filho deste Jacó. Jacó um dia luta com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Seus doze filhos dão origem às doze tribos do povo que, naquela época, era chamado de hebreu. Em 1700 a.C., os hebreus vão para o Egito, onde são escravizados por 400 anos. Libertam-se por volta de 1300 a.C., liderados por Moisés, descendente de Abraão, que recebe as tábuas com os Dez Mandamentos no monte Sinai. Por decisão de Deus, peregrinam no deserto por 40 anos, aguardando a indicação da terra prometida, Canaã.
Muitos anos depois de estabelecidos na terra prometida (“Terra Santa”), o rei Davi transforma Jerusalém em centro religioso e seu filho, Salomão, constrói um templo em seu reinado. Depois de Salomão, as tribos dividem-se em dois Reinos, o de Israel, na Samaria, e o de Judá, com capital em Jerusalém. Com a cisão, surge a crença na vinda de um messias (o enviado de Deus para restaurar a unidade do povo judeu e a soberania divina sobre o mundo), que persiste até hoje. O Reino de Israel é devastado em 721 a.C. pelos assírios. Em 586 a.C., o imperador babilônico Nabucodonosor II invade o Reino de Judá, destrói o Templo de Jerusalém e deporta a maioria dos habitantes para a Babilônia, iniciando a diáspora judaica.
Os judeus começam a voltar à Palestina em 539 a.C, onde reconstroem o templo e vivem breves períodos de independência, interrompidos por invasões estrangeiras. No ano 6, a região torna-se província de Roma. Em 70, os romanos invadem Jerusalém e arruínam o segundo templo. Em 135, a cidade é destruída, iniciando o segundo momento da diáspora. Apesar de espalhados por todos os continentes, os judeus mantêm a unidade cultural e religiosa. A dispersão só termina em 1948, com a criação do Estado de Israel.

HINDUÍSMO:

É a terceira religião com o maior número de fiéis no mundo (depois do Cristianismo e islamismo) e seus preceitos influenciam fortemente a organização da sociedade indiana. O hinduísmo é um conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas conhecido dos seguidores pelo nome sânscrito Sanatana Dharma, que significa a ordem permanente. Está fundamentado nos Vedas (conhecimento, em sânscrito), textos sagrados compostos de hinos de louvor e ritos. Suas características principais são o politeísmo e a crença na reencarnação.
O Hinduismo baseia-se em uma memória coletiva sobre deuses tribais e cósmicos transmitida oralmente e, posteriormente, registrada em livros sagrados, os Vedas. Esses livros são agrupados em quatro volumes.
Segundo os Vedas, o ser humano está preso a um ciclo eterno de morte e renascimento, chamado samsara, pelo qual está fadado a reencarnar e a sofrer em infinitas vidas. As reencarnações, como ser humano ou animal, são regidas pelo carma, preceito segundo o qual a forma como renascemos em nossa vida atual foi definida na vida anterior, pelo estágio espiritual que alcançamos e os atos que nela praticamos.
O hindu busca fundir-se a Brahman, a verdade suprema, espírito que rege o Universo. Isso só é possível libertando-se do samsara pela purificação de seus infinitos carmas, atingindo o estágio conhecido como nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e do universo. O caminho para o nirvana passa pelas práticas religiosas, pelas orações e pela ioga, mas muitos hindus adotam também dietas vegetarianas e o ascetismo (renúncia aos bens e prazeres materiais) para atingi-lo.
Rituais e comemorações - O hindu costuma manter em casa um altar de devoção a seu deus, no qual queima incenso, coloca flores, velas e oferendas. Também freqüenta os templos que estão entre os de arquitetura mais exuberante do mundo. Cada altar possui sempre a estátua de seu deus, e nos templos as imagens são diariamente despertadas pela manhã, lavadas, vestidas e enfeitadas com flores pelos sacerdotes. Diante do altar, os hindus recitam mantras, fórmulas sagradas escritas nos Vedas que podem aproximá-los dos deuses. Peregrinar para visitar os templos e lugares sagrados são práticas habituais.
Algumas das celebrações hindus são o Festival das Luzes, comemorado em todo o país no outono com o acender de velas, o Festival das Nove Noites para a deusa Durga, em setembro ou outubro, o Festival da deusa Shiva, em março, e o Festival de Krishna, em agosto.

CRISTIANISMO:

Cristianismo é a religião dos seguidores de Jesus Cristo, iniciada por suas pregações e as de seus apóstolos em meados do século I, na região do atual Estado de Israel.
O cristianismo tem origem no judaísmo e é atualmente a religião mais difundida no mundo, sendo predominante na Europa e nas Américas. O cristianismo divide-se em três ramos principais: catolicismo (o mais antigo, datado do século IV), Igreja Ortodoxa (de tradição oriental, que surge no século XI ao se separar da tradição romana) e o protestantismo (movimento do século XVI que dá origem a muitas denominações).
Os protestantes, também chamados de evangélicos principalmente no Brasil, dividem-se atualmente em três grupos de afinidade teológica. O do protestantismo histórico, criado a partir da reforma; o pentecostal, surgido no começo do século XX, e o neopentecostal. No Brasil, o protestantismo começa a se estabelecer no início do século XIX e hoje reúne o maior número de adeptos da América do Sul.
A doutrina - A fé cristã professa que o Deus criador, revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas judeus, envia à Terra seu filho como Messias (Cristo, em grego), o salvador. De acordo com a fé cristã, Jesus é sacrificado em lugar dos homens, que perderam a graça de Deus e se distanciaram dele no início da criação do mundo. Após ter sido morto, ele ressuscita e oferece a dádiva da salvação e da vida eterna após a morte, a seu lado, no Céu, aos que se reaproximam de Deus, acreditam nele e seguem seus preceitos. Sua principal mensagem é da primazia do amor a Deus e aos demais seres humanos sobre todas as coisas e postulados. Para os cristãos, Deus é uma trindade, formada também por seu filho, Jesus Cristo, e pelo Espírito Santo.
A história do Messias - Segundo a tradição cristã, Jesus de Nazaré nasce em Belém, na Judéia, no período em que a Palestina estava incorporada ao Império Romano. Ele é o Messias, anunciado no decorrer de mil anos ao povo judeu, que vem ao mundo para salvar os homens e anunciar a instauração do reinado de Deus. Aos 30 anos, ele inicia sua pregação, anunciando o amor e o perdão de Deus a todos os homens. Durante suas peregrinações ele realiza milagres, reúne discípulos e apóstolos. Considerado blasfemo pelos sacerdotes judeus, é preso pelas autoridades romanas, acusado de não reconhecer a divindade do imperador e conspirar contra Júlio César. É submetido a processo, condenado, crucificado e sepultado. Ressuscita três dias depois, aparece a seus discípulos e os encarrega de levar seus ensinamentos a todos os pontos do mundo.
O livro sagrado - Os cristãos seguem a Bíblia, que se divide em duas partes, o Antigo e o Novo Testamento, num total de 73 livros, para os católicos, e 66, para os protestantes. O Antigo Testamento, chamado de Torá ou Torah pelos judeus, narra a criação do mundo, a história, leis e tradições judaicas, a vida dos profetas que anunciaram a vontade de Deus e a vinda do Messias. São particularmente importantes os primeiros cinco livros, chamados de Pentateuco, que inclui os Dez Mandamentos ditados por Deus a Moisés e que são a base ética e moral de todo o cristianismo. O Novo Testamento contém os textos posteriores à morte de Cristo, entre eles os quatro Evangelhos (Marcos, Mateus, Lucas e João), as principais fontes sobre a vida de Jesus. Os outros textos são os Atos dos Apóstolos, as Epístolas e o Apocalipse, todos de autoria dos apóstolos.
Expansão - O cristianismo organiza-se primeiro em Jerusalém, como um movimento dentro do judaísmo. Em vida, Jesus tem poucos seguidores. Após sua morte, seus apóstolos (enviados, em grego) peregrinam e espalham seus ensinamentos nas regiões do Mediterrâneo, fundando várias comunidades. Desde o início o cristianismo se organiza como Igreja (do grego ekklesía, reunião), sob a autoridade dos apóstolos e seus sucessores.
Os cristãos são perseguidos durante o Império Romano até 313 d.C, quando Constantino lhes concede liberdade de culto. Em 392, o cristianismo se torna a religião oficial do Império, e missionários são enviados a várias partes da Europa para fundar igrejas, ocupando todo o continente.
No final da Idade Média, a expansão marítima européia leva o cristianismo à América e à Ásia. A partir do século XIX, missionários chegam também à África e ao leste da Ásia, completando a difusão da religião no mundo.
Festas religiosas - As principais são o Natal - celebração do nascimento de Jesus Cristo, comemorado em 25 de dezembro pela maioria das igrejas; a Páscoa, que celebra a ressurreição de Cristo no domingo da primeira lua cheia do outono (hemisfério sul) e o Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, data em que é recordada a descida e unção do Espírito Santo aos apóstolos. O calendário da Igreja Católica, a mais antiga entre as cristãs, inclui ainda outras celebrações.


Continente Asiático

Continente asiático


Aspectos Gerais

·                A Ásia está localizada a leste do meridiano de Greenwich, ou seja, no Hemisfério Oriental. De todos os continentes existentes, a Ásia é o maior, sua área é de 44 milhões de km². Os limites de fronteira que existem no continente asiático são: ao norte, Oceano Glacial Ártico; ao sul, Oceano Índico; a leste, Oceano Pacífico; a oeste, Mar Vermelho, que o separa do continente africano, o Mar Mediterrâneo e os Montes Urais que o separa da Europa. Além de ser o maior continente do mundo, abriga seis dos dez países mais populosos do planeta, são eles: China, Índia, Indonésia, Paquistão, Bangladesh e o Japão. O produto da soma de todos os paises citados representa, aproximadamente, 60% do total da população do planeta. Em razão de sua extensão territorial, o continente abrange diversas características naturais, econômicas e culturais.
·              É o mais extenso dos seis continentes e costuma ser dividida em seis regiões (Oriente Médio, Ásia Meridional, Ásia Central, Ásia Setentrional, Sudeste Asiático, Extremo Oriente), considerando as diferentes características físicas, culturais e econômicas.
·              É composto por 45 países e conta com uma área de 44,5 milhões de km², o que corresponde a 29,7% das terras emersas do planeta. O continente é separado da Europa pelos Montes Urais, Rio Ural, Mar Cáspio, Cáucaso, Mar Negro e estreitos de Bósforo e de Dardanelos; Separa-se da África pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez. Esse enorme continente é banhado pelos oceanos Pacifico (leste), Indico (sul) e Ártico (norte).
·              No continente estão as terras mais altas do mundo, com destaque para a cordilheira do Himalaia, onde está localizado o Monte Everest.
·              Há vários rios importantes no continente, como o Ganges, o Yang-tse-Kiang e o Lenissei, utilizados para navegação, geração de energia, irrigação, etc. a maior hidrelétrica do mundo, será a de Três Gargantas e está localizada no rio Yang-Tse-Kiang, na China.
·              Há grandes extensões de desertos na Ásia, especialmente no Oriente Médio e na Ásia Central; mas no sul e sudeste, o clima é úmido, especialmente na época de influencia das monções de verão.
·              A Ásia é o continente mais populoso do mundo. Lá localiza-se a China e a Índia, os dois países mais populosos do mundo e a metade das megacidades mundiais (Tóquio, Mumbai, Calcutá, Xangai, Pequim,... etc.)
·              A Ásia é bastante diversificada em termos socioeconômicos: há países que apresentam alto IDH (Japão, “Hong Kong”, Cingapura, Coréia do Sul...) e baixo IDH (Iêmen), mas predominam os países de médio IDH (Malásia, Arábia Saudita, China, Turquia, Índia...)
·              No continente asiático estão duas das maiores potencias mundiais – Japão e China -, importantes econômicas emergentes, mas também muitos países com baixo nível de industrialização.
·              Na Ásia está a maioria dos principais produtores de petróleo do mundo, especialmente no Oriente Médio.


I – Aspectos Físicos.
1.          Relevo

      Tem as terras mais altas do planeta. No centro do continente, atravessando-o no sentido leste-oeste, há diversas cadeias montanhosas com elevadas altitudes: Himalaia, Tien Shan, Altai, Zagros, Elbruz, etc. entre elas, destaca-se a importante Cordilheira do Himalaia, onde está localizado o Monte Everest, o pico mais alto da Terra, com aproximadamente nove mil metros de altitude, situa-se no Nepal, próximo da fronteira com a China.
     O relevo asiático se caracteriza por apresentar contrastes extremos de altitude:
• as mais elevadas cordilheiras e planaltos da Terra: Himalaia, Pamir e Tibete, onde se localizam os pontos mais altos do globo: (Everest, 8.848 metros, Kanchenjunga, 8.598 metros, e muitos outros, com altitudes superiores a 7.000 metros).
• a maior depressão absoluta do planeta: o Mar Morto, 395 metros.
·              Algumas regiões banhadas pelo oceano Pacífico pertencem ao Círculo de Fogo, ou seja, devido a sua formação geológica recente estão sujeitas a erupções vulcânicas e a terremotos. É o caso do Japão e da Indonésia.
·              Alguns planaltos são muito altos e se intercalam às cordilheiras, como é o caso do Pamir e do Tibete, contrastando com outros mais antigos, de altitudes menos elevadas, como os da Armênia, do Decã.
·              As planícies fluviais asiáticas são recobertas com o aluvião trazido pelos rios que as percorrem e que se dirigem principalmente para os oceanos Índico e Pacífico. As principais planícies fluviais são a Indo-gangética (Índia), a Mesopotâmica (Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios Yang-tsé (China) e Mekong (Vietnã).
·              O continente asiático projeta, em direção aos oceanos que o circundam, diversas penínsulas, sendo as principais a da Anatólia, a Arábica, a Hindustânica, a da Indochina e a da Coréia.

2. Hidrografia.

* As grandes montanhas e os elevados planaltos da Ásia Central, constituem importantes centros de dispersão das águas fluviais, que seguem em direção aos oceanos Glacial Ártico, Pacifico e Indico.
·              Os rios da vertente Ártica, geralmente extensos, percorrem a planície da Sibéria e durante o inverno (outubro a maio) desaparecem, encobertos por espessas camadas de gelo. O Lenissei (4.506km), que recebe o Agara, desaguadouro do lago Baikal; o Obi (5.567km), cujo maior afluente é o Irtish; e o Lena (4.267km) são os principais tributários do Ártico.
·              Os rios da vertente do Pacifico e do Indico são de regime monçônico, alimentados pelas chuvas de verão e derretimento de neves,m e oriundos de regiões elevadas. Na vertente do Pacifico destacam-se: Yang-Tse-Kiang ou rio Azul (5.797km), o maior da Ásia; o Mekong (4.023km), que banha a planície da Indochina; e o Huang-Ho ou rio Amarelo (4.666km), que atravessa a fértil planície de Loess da China. De grande importância, na vertente do Índico, são o Ganges (2.506km) e o Bramaputra (2.707km), que desemboca no mar de Bengala e forma o maior delta da Terra; e o Índio (2.890km), que deságua no mar de Omã.
·              Rios que desembocam no Golfo Pérsico. Merecem destaque o Tigre e o Eufrates, que formam a Planície da Mesopotâmia.
* O quadro hidrográfico do continente é completado pelas bacias interiores, constituídas por lagos e mares fechados, situados em área desérticas, para onde corre rios formados pelo derretimento de geleiras das montanhas. Merecem destaque: o Amur-Daria (2.414km) e o Syr-Daria (2.414km), que descem do planalto de Pamir e deságua no mar de Aral; o Ural (2.533km), que vai até o mar Cáspio; o Tarim (2.012km), que se dirige para Lob Nor; o Li (1.287km), que desemboca no lago Balkash; e o Jordão, drenado para o mar morto. Entre os lagos do continente, destaca-se o Cáspio e o Aral, na Sibéria; o Baikal e o Balkash.
·              Se os lagos existem em pequeno número, os mares asiáticos aparecem com muito mais destaque: Mar Vermelho, que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da Arábia; a sudeste, Mar da China Meridional, Mar da China Oriental, Mar de Andamã e Mar Amarelo; os mares da Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a nordeste, os mares de Okhotsk, do Japão e de Bering. No limite com a Europa, aparece o maior mar fechado do mundo, o Mar Cáspio.

3. Clima

O continente Asiático apresenta notáveis contrastes climáticos. Suas terras, cortadas ao norte pelo circulo polar ártico e ao sul pelo equador, possuem, por influencia da variação da latitude, desde clima quentes e extremos até o mais rigoroso clima frio. O relevo é outro fator climático de destaque, pois as montanhas e planaltos fazem baixar as medias térmicas e explica o aparecimento de neves eternas até baixas latitudes. Os ventos têm importância sobre a repartição da chuva, principalmente no sul e sudeste, onde sopram as monções.
Esquematicamente podem se distinguir, na Ásia, seis tipos de climas:
a)                                  Clima equatorial: Compreende estreita faixa nas proximidades do equador, onde a temperatura tem media anual de 25 a 26°C. as chuvas repartem-se de modo regular, não existindo estação de seca. A umidade relativa em torno de 80%.
b)                                  Clima de monções: Entre todos os tipos de clima da Ásia, no entanto, o que mais diretamente influi nas condições de vida locais, sobretudo orientando as atividades agrícolas, é o tropical de monções. Abrangendo as regiões mais populosas do continente, estende-se pelas planícies costeiras da Índia e do sudeste e leste da China, com violentas chuvas durante o verão. Caracteriza-se pela atividade dos ventos, conhecidos como monções, que sopram do Índico e do Pacífico para o continente durante o verão, e do interior da Ásia para esses oceanos durante o inverno.
A ocorrência de monções se deve ao fato de que as terras continentais aquecem-se e esfriam mais rapidamente do que as águas oceânicas. Durante o verão, o interior da Ásia, ao esquentar-se, forma uma área de baixa pressão, que contrasta com as altas pressões dos oceanos, provocando o deslocamento de ventos úmidos do mar para a terra. Esses ventos são as monções de verão. No inverno, ocorre o inverso: os oceanos estão mais quentes do que o continente, formando áreas de baixa pressão e atraindo os ventos continentais. São as monções de inverno.
c)                                   Clima temperado: Pertence a este grupo os climas da China, Japão, Coréia, Manchúria, Sibéria centro meridional e certas áreas da Ásia central. Por influencia principalmente das latitudes e altitudes, o continente possui todos os tipos de clima temperado: oceânicos e continentais, frio e subtropicais, monçônico e desértico. Nessa região as medias térmicas raramente sobem a mais de 20°C e as estações são bem definidas.
d)                                  Clima desértico: A região desse clima começa no mar Vermelho, e vai a Mongólia. Os desertos mais ocidentais, que as situa próximo tropico de Câncer e possui menores altitudes, são arenosos e quentes todo o ano. Os demais situados a maiores altitudes e latitudes médias são pedregosos, registrando-se, no inverno, a queda de neves, enquanto o verão é escaldante. A Ásia abriga a maioria dos desertos existentes na Terra: da Arábia (Arábia Saudita), da Síria, de Thal (Paquistão), do Thar (ou Grande Deserto Indiano), de Lut (ou deserto do Irã), de Gobi (Mongólia), de Taklamakan (China), Karakum (Turcomenistão), Kerman (Irã), da Judéia (Israel), de Neguev (Israel).
e)                                  Clima polar: o inverno rigoroso e longo com media anual de 0°C, como em Verkhoyyansk, onde o termômetro pode descer a – 70°C. os verões são de pouca duração e são pouco quente não chegando a desgelar completamente o sol.
f)                                    Clima mediterrâneo: são típicos da Ásia ocidental, com verões secos e quentes e invernos suaves. As chuvas caem regularmente nas estações frias.

4. Vegetação

Em razão da diversidade climática, a Ásia também apresenta uma enorme diversidade de formações vegetais, desde florestas tropicais, sob os climas quentes e úmidos do sul, até a tundra, sob o clima polar do norte, passando pelas savanas (clima tropical mais seco), de vegetações de deserto e floresta de coníferas (clima temperado continental).
Como as formações vegetais dependem do tipo de solo e principalmente do clima, a Ásia apresenta muitas variedades vegetais, ainda que parcialmente destruídas ou alteradas pela milenar ocupação humana.
           No extremo norte do continente, junto ao pólo, não há condições para a existência de vegetação, porém mais ao sul, na Planície Siberiana, começam a surgir formações de tundra. Ainda rumo ao sul, à medida que o clima polar se torna menos intenso e o frio se estende por um número menor de meses, aparece a vasta região da taiga, quase integralmente pertencente à Rússia.
           O maior destaque, entretanto, está nas estepes, que ocupam grandes extensões da Ásia Central, aparecendo em áreas de clima temperado continental.
           Os arquipélagos situados ao sul do continente apresentam-se recobertos por florestas equatoriais e tropicais, não muito diferentes das que existem na Amazônia brasileira. Essas formações podem ser observadas também no centro-sul, onde igualmente se verifica a presença de savanas, em que a vegetação herbácea é dominante, apresentando arbustos e árvores em associações pouco densas, como o jângal na Índia.
            Registra-se ainda a ocorrência de florestas temperadas em extensões consideráveis no Extremo Oriente e de vegetação xerófita nas áreas desérticas ou semi-áridas do continente.

II – Religião Asiática


Berço das grandes religiões monoteístas e politeístas, quatro quintos da população professam o hinduismo, o budismo e o culto dos ancestrais. O Hinduismo, religião da maioria da população indiana, tem Varanasi como cidade santa, freqüentada por centenas de milhares de peregrinos anualmente. O Budismo (Ásia Meridional e Sudeste Asiático), a segunda religião dos povos asiáticos, em importância, resultou de uma reforma do hinduismo, pregada por Buda. Além dessas, encontramos o Islamismo (Oriente Médio e na Ásia Central); o Confucionismo, na China; o Xintoísmo, no Japão; o Cristianismo é praticado esparsamente por diversos grupos em todo o continente.

III – Aspectos Demográficos


·  Cobrindo cerca de um terço da área mundial, a Ásia possui cerca de três quintos da população do planeta, ou seja, cerca de 3,9 bilhões de habitantes (62%) da população mundial. Situa-se no continente os países mais populosos do mundo “China e a Índia”. Somente esses dois países compreendiam cerca de um terço da população mundial (37,5% da população mundial).
·  A distribuição da população é bastante irregular. Aos imensos vazios demográficos das regiões de clima desértico, quentes e frios, opõem-se os verdadeiros “formigueiros” humanos das planícies aluviais, onde domina o clima de moções. Os desertos da Ásia ocidental e os elevados planaltos que se estendem do Pamir à Mongólia não chegam a registrar sequer um hab/km². Esses vastos territórios, que representa cerca de 2/5 do continente, encerraram apenas cerca de 3% da população total. Em contrapartida, nos deltas de solos férteis, localizados às margens do Indico e do Pacifico, as densidades demográficas variam de 400 hab/km a 1.500 hab/km.
·  A população asiática é predominante rural e vive aglomerada em grandes aldeias, localizadas às margens dos rios. O contingente urbano, embora tenha aumentado acentuadamente após a II Guerra Mundial, ainda apresenta índices baixos: cerca de 33% na China e cerca de 32% na Índia. Apenas o Japão possui elevado índice de urbanização: acima de 75%.
·  Apesar da predominância da população rural, existem no continente importantes cidades. Dentre as cidades asiáticas destacam-se as de função religiosa, centros de peregrinação e, sobretudo, as que, por sua posição geográfica, são núcleos de comércio regional e internacional, entroncamento de circulação terrestre e de rotas marítimas e aéreas. Devido ao pequeno desenvolvimento da industria, poucas são as cidades de função industrial no continente. No Japão destacam-se Tóquio, a segunda do continente, Yokohama, principal porto do país, Osaka, centro da industria naval, Kyoto, antiga capital e centro religioso, Kobe e Nagoya. Os maiores centros urbanos da China são: Xangai, primeiro da Ásia e de todo o mundo, Cantão, Wuhan e Tientsin. Na Índia merecem destaque Calcutá, principal porto do país, Bombaim, Mandras, Delhi e nova Delhi. Em outros países devem ser mencionadas: Cingapura, importante cruzamento de rotas marítimas; Seul, capital da Coréia do Sul; Jacarta, capital da Indonésia; Manila, capital das Filipinas; cidade Ho Chi Minh, capital do Vietnã e Hanópi; Bangkok, capital da Tailândia; Hong-Kong, no litoral sudeste da China; Rangum, capital do Myammar; Karachi, no Paquistão; Teerã, capital do Irã, Bagdá, capital do Iraque e Ankara, capital da Turquia.