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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Blocos Econômicos

Blocos Econômicos Regionais
Fases
Objetivos
Blocos

Zona de Livre Comércio
·        Abolir as tarifas alfandegárias entre os países membros.

- Asean, SADC, NAFTA, APEC e a futura ALCA

 
União Aduaneira
- Objetivo do estágio anterior, e:
·        Instituir uma tarifa externa comum no comercio com outros países.

- Mercosul

Mercado Comum
- Todos os objetivos dos estágios anteriores, mais estes:
·        Estabelecer a livre circulação de capitais, serviços e pessoas;
·        Padronizar impostos e leis;

- União Européia.

União Econômica e Monetária
- Todos os objetivos dos estágios anteriores, mais estes:
·        Padronizar as políticas macroeconômicas: taxas de cambio, de juros, nível de endividamento público, etc;
·        Implantar uma moeda única e um banco central único.
- União Européia
União Política
-         Todos os objetivos dos estágios anteriores, mais estes:
·        Implementação de uma constituição única;
·        Criar órgãos supranacionais.
- União Européia


BLOCOS ECONÔMICOS


1- São associações de países, em geral de uma mesma região geográfica que estabelece relações comerciais privilegiadas entre si e atuam de forma conjunta no mercado internacional. Um dos aspectos mais importantes na formação dos blocos econômicos é a redução ou a eliminação das alíquotas de importação, com vistas à criação de zonas de livre comercio. Os blocos aumentam a interdependência das economias dos países membros. Uma crise no México, como a de 1994, afeta os Estados Unidos e o Canadá – os outros países membros do NAFTA, por exemplo.

2- O primeiro bloco econômico aparece na Europa, com a criação, em 1957, da Comunidade Econômica Européia – CEE (embrião da atual União Européia). Mas a tendência de regionalização da economia só é fortalecida nos anos 90: o desaparecimento dos dois grandes blocos da Guerra Fria, liderados por Estados Unidos e União Soviética, acaba estimulando a formação das zonas independentes de livre-comércio, um dos aspectos do processo de globalização. Atualmente, os mais importantes são o Acordo de Livre Comercio da América do Norte (NAFTA), a União Européia (UE), o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e, em menor grau o Pacto Andino, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e a Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC). Também está em fase de implantação o bloco transcontinental a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico (APEC), que reúne países da América e da Ásia, e continuam as negociações para a formação de um bloco abrangendo toda a América, o Acordo de Livre Comercio das Américas (ALCA).

3- No plano mundial, as relações comerciais são reguladas pela Organização Mundial do Comercio (OMC), que substitui o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), criado em 1947. A Organização vem promovendo o aumento no volume do comércio internacional por meio da redução geral de barreiras alfandegárias. Esse movimento, no entanto, é acompanhado pelo fortalecimento dos blocos econômicos, que buscam manter maiores privilégios aos países membros.

4- Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Mas a tendência de regionalização da economia só se fortalece nos anos 90, com o fim da Guerra Fria.

5- Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.



CONCLUSÃO

Como vemos, existe uma diferença entre GLOBALIZAÇÃO e BLOCOS ECONÔMICOS. No primeiro caso, visto sobre os mais diversos ângulos e formas, o processo é irreversível e pode significar ganhos e perdas, a depender dos países envolvidos. Neste caso não há muita opção em ser ou não partícipe, pois ele caminha sozinho e a passos largos e utiliza-se de mecanismos que nem sempre podem ser controlados pelos estados, como é o caso da comunicação em tempo real, em que noticias transitam no mundo todo, levando e trazendo boas e más informações que podem acabar por interferir nos planos de investidores detentores do conhecido capital especulativo que, de um instante para outro, desfalca reservas cambiais. No segundo caso, a existência de blocos econômicos passa necessariamente pela expressa vontade do Estado em fazer ou não parte do processo e mesmo diante de ameaças de boicotes, sobretaxas, barreiras não tarifárias, redução ou ampliação de quotas de importação e exportação, e muitos outros, ainda assim, é prerrogativa do Estado sua inserção ou não naqueles blocos. A experiência tem demonstrado que muitos dos blocos existentes trouxeram grandes benefícios a seus membros, graças ao estabelecimento de políticas coerentes com as necessidades e possibilidades de cada um dos Estados e pouco se vê falar sobre prejuízos advindos em razão de ter o Estado passado a compor um bloco econômico. Sim, sabemos que muitas vezes os benefícios não alcançam todos os seguimentos econômicos e sociais, mas com o aprimoramento das relações entre os Estados essas eventuais diferenças vão sendo superadas.